Pobre pedaços de papel já aguento cada verdade calado

Sabe, Wind, eu estava aqui pensando a beleza de transformar sentimentos em palavras, de transformar pensamentos em escrita, a beleza da alma de conseguir pôr o que aflige a mente em um papel. Engraçado pensar que aqui este papel é virtual, de como deixamos o passado para o presente. Em alguns anos, ainda iremos usar o papel?

Wind, meu caro, pense comigo. Com a transformação do mundo, nossos sentimentos se transformarão em mecânicas virtuais? Iremos conseguir entender o sentimento de pôr no papel aquilo que sentimos?

Verdades em um papel.

Pôr no papel, o que atormenta a mente.

Pôr no papel, o que sentimos, o que vivemos.

Pôr no papel, dores e alegrias. 

Pôr no papel, palavras de peso e beleza sem fim.

A construção de versos, para esconder o coração.

Uma alma, que só busca perdão.

A construção de um verso sem padrão.

Uma alma desalenta, sem noção, meu caro irmão.

Algumas escritas que deixam a mente e vão ao papel são enlouquecedoras.

Algumas escritas são para libertação.

Algumas... escritas de descontração.

Algumas escritas para trazer emoção para os nossos corações. 

A arte, de pôr no papel sentimentos e libertação.

A arte, de pôr no papel, gostos e desgostos.

A arte, de pôr no papel, a beleza e a tristeza.

Vivendo de construções.

Vivendo de reconstruções.

Vivendo da arte de se encontrar atrás de se libertar.

Libertar ao trazer a alma para dentro do papel.

Libertar a mente que se encontra na face do papel.

Libertar o espírito que se faz vivo nessas; re-escritas.

Ass: Luan Jorge

Por fim, acredito que o advento da tecnologia pode ser que nos aproxime de nossos corações, de nossas mentes, mas ao mesmo tempo, alguns de nós se tornaram mais mecanizados e menos sentimentais... Qual o fim para o papel?